domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carta de Amor aos Mortos - Ava Dellaira

Laurel é uma adolescente que está passando pelo pior momento de sua vida: a irmã morreu, a mãe foi morar em outro estado, ela mudou de escola, e agora passa uma semana na casa do pai, e outra na casa da tia.

Depois da professora de inglês passar um trabalho em que os alunos precisam escrever uma carta pra alguém que já morreu, Laurel começa a contar tudo que se passa com ela para seus maiores ídolos. Judy Garland, Kurt Cobain, Amelia Earhart e River Phoenix se tornam alguns dos confidentes da jovem, enquanto ela precisa lidar com vários problemas e descobertas nessa nova etapa da vida.


A história começa logo depois do verão, na volta às aulas, poucos meses depois de May, a irmã de Laurel, ter morrido. A própria Laurel decidiu mudar de escola depois da morte da irmã, para tentar recomeçar em um lugar novo, sem que ninguém soubesse da tragédia. A princípio o livro é bem depressivo, com Laurel se culpando pela morte da irmã e sem amigos. Mas aos poucos ela consegue sair daquele estado, faz novos amigos e começa a ~livining la vida loca~.

May era a irmã mais velha, e um exemplo pra Laurel. Ela começa a tentar ser como a irmã, extrovertida, cheia de vida, corajosa e destemida. O ponto é que o livro é narrado por Laurel, então essa é a visão dela, não necessariamente essa era a verdade sobre May. Nesse meio tempo Laurel também começa a namorar Sky, um garoto mais velho do colégio.

Tempo vai, tempo vem, vamos descobrimos como May morreu. Achei bacana a autora revelar aos poucos isso, deixa o leitor curioso e tentando montar um quebra-cabeça com o que poderia ter acontecido. Porém, achei Laurel uma personagem bem imatura, principalmente depois de um segredo dela ser revelado, lá pro final. Se você leu, sabe do que eu estou falando. Não, não estou colocando a culpa na vítima, pelo amor de Deus, só acho que ela já tinha 13 anos e deveria ter contado pra alguém. Vivemos no século 21 e não no 12, quando não tínhamos acesso à informação.

"Ain, mas ela sofreu com a perda da irmã e passou por muita coisa". Ok, mas ela é extremamente chorona e não se deixa ser ajudada. O livro tem várias citações que dá vontade de marcar (aliás, pretendo reler depois e fazer isso), e uma delas que é mais pro final fala justamente que não somos transparentes, precisamos falar para os outros como nos sentimos. O ponto alto pra mim foi a mudança da personagem, podemos perceber como ela amadureceu e cresceu. Não vou contar o final, claro, mas acho que não poderia ter sido melhor.

Ah, também preciso citar que a autora conseguiu de maneira genial contar fatos da vida dos ídolos mortos, em momentos que combinavam perfeitamente com o que a Laurel estava passando. Foi bem legal, porque além da trama do livro, também descobrimos curiosidades sobre os famosos. Outro detalhe interessante, é que no final do livro tem o telefone de centros de ajuda. Como a história aborda temas delicados, achei super importante eles darem esses números, incentivando quem tem problemas parecidos, ou conhece alguém assim, a procurar ajuda.



2 comentários:

  1. Supimpasso! Pena que eu não recebi cartas também
    Ah, mas pera... Elvis não morreu!


    Frase do tio Elvis: É preciso rebolar para atrair uma multidão. Se eu só ficasse lá parado, cantando, sem me mexer, as pessoas diriam que poderiam ficar em casa, ouvindo os meus discos. É preciso montar um show para as pessoas.


    Beijo de quem não morreu, baby!

    ResponderExcluir
  2. O livro tem alguns pontos legais, acho que o melhor foi uma poesia no inicio. Mas no geral, como já sabe, não curti hehe

    ResponderExcluir